sábado, 28 de agosto de 2010

Tudo menos a inércia.

É esse meu coração que dói. Dói, dói como se estivessem colocando a mão e apertando-o, machucando-o e coisas do gênero. Não pensei que um dia pudesse chegar nessa situação, que me sentisse como se estivesse "no fundo do poço". 
A verdade é que vivo uma situação normal e, Deus, já passei por tantas piores, por que é que agora não vou conseguir passar por mais essa? Por que nunca me avisaram que brincar de amar dói? Odeio me sentir assim, como se o mundo estivesse acabando e eu me posicionando como a primeira habitante a entrar no fim. Não consigo explicar, mas a força que tenho aqui dentro é enorme, a luta pela felicidade é indescritível. Sou contraditória. Tenho meus momentos pessimistas, talvez realistas, mas ainda assim estou aqui lutando porque sei que sempre há algo melhor no meu caminho. E há, claro que há. Quantas vezes perdi a noção e logo depois encontrei uma verdade boa para ser vivida?..várias! 
Minha única certeza é que nessa parte escura do caminho é que eu, e somente eu, consigo achar o atalho correto. Não quero ouvir ninguém me dizer obviedades, muitos menos conselhos regados de compreensão. Não preciso de compreensão, não preciso de "eu entendo", "sei como é", "mas vai passar". Isso machuca mais e me deixa louca. Compreensível eu já sou, tanto que ainda consigo me manter calma e esperar tudo isso passar.
Isso pode parecer uma atitude sem humildade e cheia de egoísmo, mas não é. Apenas sou eu precisando cuidar de mim mesma. Só não vou deixar de confessar que tenho medo de não conseguir, de ficar parada, de ser inerte à toda essa beleza da vida. Por favor, Deus, não deixa eu ser indiferente...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ele se perdeu.

Eu gostei de um cara que até hoje não sei se esqueci completamente. É irritante a maneira como ele se foi e ainda assim continua em mim. Não vou dizer mil amores sobre ele, porque meu relacionamento com ele foi um dos mais conturbados e dramático. Daí hoje em dia eu quero fugir dele, da presença dele. Sabe, peguei um pouco de nojo e a consideração por alguns valores dele não existe mais. Hoje vendo como está a sua vida não sei se me faria bem, ele tem umas convicções muito diferente das minhas. É como se ele se vendesse por um mundo que ele não pertence. Horrível.

Bibibi...

Acordei atrasada e perdi a aula. Eu não queria ter ficado em casa, mas isso é bom, preciso aprender a dormir mais cedo. É, com toda certeza levarei algum tipo de bronca, me sentirei extramamente mal e tudo mais. Ah, ok, prometi pra mim mesma não ficar me abalando tão fácil. Precisamos ir em frente, sem parar. 
Também estou pensando na minha carreira. Agora já tenho 20 anos, uau. Não, não muda muito nos planos profissionais, apenas continuo querendo um emprego =) 
Só digo uma coisa: não vou querer ter filhos depois dos 30.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Você;

Ai Deus, como dói lembrar e desejar...

Vá as compras, meu bem.

” Quando você me disse que iria embora, bom, eu fingi na hora acreditar. Pegou suas coisas, me deu um beijo rápido e disse “tchau”, assim, como se estivesse indo fazer compras. Eu sentei na sofá, liguei a televisão e então começou a tocar aquele seu DVD preferido. Não, você ia voltar. Fui até a cozinha, que só para mim era enorme, e comecei a fazer uma janta para nós dois. Fiz co,m todo cuidado possível e confesso que naquele dia a comida havia ficado deliciosa, você iria se orgulhar.
Um amigo seu ligou e eu disse “Não, mas logo ele volta e eu dou o recado”.  Acabou a novela e não havia ninguém querendo disputar o controle comigo, não havia ninguém para ir buscar chocolate na cozinha. Quase acordei. Mas resolvi assistir um filme e logo no começo peguei no sono. Dormi. Acordei no meio da madrugada e senti frio. Ué, mas onde estava meu amor? Por pouco não acordei de verdade, mas resolvi voltar ao sono e esperar você. Enfim, amanheceu e acordei sozinha, você não havia voltado. Um frio além do normal, um rosto com lágrimas e uma verdade: você não voltou, você não iria voltar. Então acordei de verdade, abri os olhos do meu coração e percebi que a realidade nunca havia me dado você. Percebi que na maior parte do tempo eu fiz tudo por mim, pela minha felicidade e que você quase nunca havia feito por nós.
Mas e agora? O que seria dessa realidade sem você? Foi você quem me ensinou a sonhar, quem me ensinou a querer mais e a seguir em frente. Por que você não volta e deixa a ilusão pra lá? Eu me engano por nós, eu aprendo, eu te ensino, eu sou burra, eu sou louca por você. Tudo bem, essa mania era minha e aprender a conviver com ela seria problema meu.
De uma maneira muito involuntária eu ainda espero você voltar das compras. Espero abrir a porta, ver um sorriso bonito e várias sacolas. Dentro das sacolas estariam o que faltava para você ser meu de verdade. Por isso eu deixei e deixo você ir embora, quero que você busque algo para ser feliz e se voltar é porque precisa, realmente, dividir sua felicidade comigo. “

domingo, 22 de agosto de 2010

O mundo que não é meu.

As coisas não estão muito boas para mim e, mesmo que eu só reclame aqui no blog, ainda assim consigo ter otimismo. Acontece que agora tá tão pesado e eu nem sei por onde começar e como agir. Hoje foi um domingo com cara de domingo mesmo. Acordei na hora do almoço, depois assisti uns filmes, dormi, tomei banho e só. Acho que só saí do meu quarto para comer e tomar banho e isso está me deixando louca. Me sinto presa, sem espaço, como se estivesse sendo vigiada, sei lá. Claro que muitas vezes a opção de ficar aqui dentro é minha, e a escolho com muita razão. Eu não quero confrontar ninguém, muito menos dar motivo para brigas. Essa não sou eu. Aliás, eu sou uma pessoa diferente da que fica aqui dentro desse quarto. 
Também estou precisando muito de outra mudança, a de um emprego na minha vida. Talvez seja porque meu tio tenha me infernizado muito com essa ideia, mas não é. Trabalhar engrandece as pessoas, faz a cabeça funcionar diferente, se é que me entendem. Claro, não nasci com a bunda virada pra lua e a conta cheia de dinheiro, ou seja, preciso de um salário. 

Ah, como eu queria não ter que vir aqui para reclamar. Como queria escrever apenas coisas doces, cheia de otimismo e etc. Estou me machucando, estou ficando diferente, essa situação toda me maltrata. Preciso tanto ser eu mesma...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Por todo o momento.


Foi por ali, na beirada da porta, que você me disse as piores e as melhores coisas. Foi naquele momento em que eu quis te amar para todo o sempre e ao mesmo tempo te esquecer. Durante aqueles minutos suas palavras soaram como doces histórias e a cada segundo eu engolia com os olhos seu sorriso. Minha alma parecia querer saltar em seu corpo. Meus olhos se enchiam de lágrimas, minha voz ficava presa e eu já não conseguia distinguir o quanto aquilo tudo poderia ser verdade ou mentira. 
Minha mente estava cheia de nós e era sempre aquela coisa "te amando e te odiando". Você não parava de falar e os meus olhos davam sinais de que não iriam segurar as lágrimas por muito tempo. O coração sentia que essa cena seria marcante, o coração sentia que nós dois parecíamos protagonistas de um filme. Eu quis te dizer palavras firmes e então não consegui.

- Talvez eu não consiga. Olha só, começo a chorar...
- Não, por favor... me diga! Não tem problema