quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A arte de recomeçar


Comecei a pensar em conquistas, mas não materiais. Dinheiro, no geral, todo mundo corre atrás, querendo ou não. Vou mais além, digo das experiências, amizades, aprendizado e etc.

Há 3 anos atrás eu era tão diferente. Mais acomodada ,talvez, e consequentemente bem mais ingênua, vivendo em uma bolha. Escolhi um sonho, uma cidade, uma profissão e aqui estou. Sei lá, ainda to perdida. Porém confesso: antigamente pensava que nunca conseguiria acordar 6:00 sem minha mãe, que conseguiria entender algum tipo de sistema bancário, que tomaria decisões sem o palpite dos meus pais e assim por diante. Hoje eu não só levanto às 6:00 da manhã como deixo o café arrumado para os meus tios. Aprendi todos os esquemas possíveis de banco. Ainda demoro um pouco para decisões, mas já não são tão doloridas como eram no começo. Uma hora ou outra dá vontade de jogar tudo pro alto, claro que dá! Mas penso na confiança que aquele cara (intitulado como papai) e aquela mulher (intulada como mãe) devotam em mim. Poxa, eles também merecem um retorno, uma conquista minha e etc. São pais né? Isso já explica boa parte.

Aliás, que aperto no coração, que saudade deles.

Esses dias eu disse pra uma amiga minha: "Quando eu estou em Curitiba esqueço completamente de Três Lagoas, e vice-versa". E ela me respondeu: "Isso é legal. Seriam duas vidas né?". É, seriam duas vidas completamente diferentes. E É MUITO ESTRANHO! Tudo muda quando estou aqui ou lá. Parece que vivo na eterna busca da união entre esses dois destinos. É quase impossível, mas eu bem poderia melhorar essa situação...

É tão triste chegar da faculdade e não ter uma comida gostosa pra comer. É pior ainda ficar gripada e não ter quem te mimar, te medicar e etc. São coisas normais, sei que me acostumo...mas ainda causam estranhamento em mim. Pelo outro lado é ruim voltar pra Três Lagoas e encontrar pessoas com a cabeça tão fechada. Encontrar o tédio, a cidade pouco desenvolvida, a pouca liberdade e etc. Entende o quanto é difícil?

Lá, em TL, se eu amava alguém, queria alguém e etc, era mais fácil. Ligava, marcava alguma coisa e pronto! Éramos duas pessoas apaixonadas. Aqui não... Muitas vezes nem sei quem é ele mesmo, se existiu em algum momento na minha vida, se um dia a gente vai se encontrar, vai sentar em um parque bonito, conversar da vida e depois ir tomar um café, ouvir música boa e etc. E mesmo que um dia isso aconteça, há mais de 50% de chance de ser um acaso e não sorte.

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