quinta-feira, 30 de junho de 2011

A crazy boy.

Meu bem, tenho certeza que já fiz mais de umas dez cartas para você. Muitas você já leu, muitas não. Em algumas até chegamos a discutir sobre o porquê de eu ter escrito aquilo. Aliás, você se lembra do e-mail que você vive dizendo ser desnecessário? Pois então, eu fiz ele em uma época em que estava ficando louca, em que não sabia mais o que sentia por você, mas ainda assim só queria te ter por perto. E aqui estou eu, mais uma vez, fazendo uma carta que não será entregue. Mas no fundo eu não me importo, porque por incrível que pareça você é um dos caras que mais sabe sobre o que eu sinto, você sempre soube.
E hoje, dia 01 de Julho eu sinto muito a sua falta. Por Deus, como me dói quando essa falta me invade. Daqui alguns meses será setembro e completará três anos que te conheci. Três anos em que eu te vi pela primeira vez em uma manhã de sexta feira. Três anos que marcam a nossa primeira conversa, que marcam nossa rápida conversa sobre filmes e um livro sendo compartilhado. O engraçado é que eu nunca sonhei em te conhecer, nunca havia planejado em ter uma relacionamento com um cara como você. Você me entende né? Eu sei que entende. Mas ainda assim nunca quis te perder, talvez porque estar com você sempre foi muito bom. Era como se todas as minhas teorias perdessem sentido, era como se eu mandasse a merda toda essa história de achar um cara ideal e etc. É que você nunca foi ideal para mim, sei que eu também não era para você, mas ainda assim éramos um pseudo relacionamento.
Eu cheguei a botar fé, cheguei a me sentir flutuando e coisas do tipo. Sabe, eu posso olhar pra você e dizer que conheci caras de todos os tipos, mas quando você colocava a sua mão na minha cintura e me puxava para perto, sei lá, era uma coisa louca. Por Deus do Céu, é até pecado, sei lá, mas a forma como você preenchia minha alma, meu físico, era fora do comum. Eu não tinha forçar pra dizer não diante de toda aquela sensação boa que você sempre me proporcionou. É, só nós dois sabemos o quanto nos entendíamos...
E eu viciei em você, eu comecei a querer que com todos os outros fossem daquela maneira. Queria que não fossem você mas com a química que só você sabia ter.
Eu sei que nós não iríamos longe, que somos muito diferentes e tudo mais. Mas o que eu faço com toda essa nossa interação tão boa? Não dá pra negar que o "estar com você" sempre foi melhor do que tudo. A minha mente é como todos as outras, é racional. Mas o meu interior, minha alma, sei lá o que mais, não consegue deixar você ir embora. E é isso que as pessoas não entendem, meu bem. Elas te julgam, nos julgam, como um casal fora da realidade. Algumas disseram que eu era doida, que estava perdendo tempo. Eu posso ser uma doida, mas elas não entendiam que "estarmos juntos" superava toda essa demagogia besta.
Olha, doidinho, eu só sinto a sua falta, só isso. Sei que a distância física nos separa, que até o emocional também, mas não consigo evitar nossas lembranças. Não sei o que anda fazendo da vida e entenda que nem quero saber. Eu tenho uma mania besta de só deixar alguém entrar por inteiro na minha vida, se é que me entende. Você pela metade prefiro bem longe.
Espero que de vez em quando você abra seu livro e leia o que eu escrevi na última página. Eu escrevi enquanto você ainda dormia, acho que sabia que seria meu último momento contigo. Aliás, ando sentindo tanta falta do seu beijo, do seu abraço...
Com muita saudade. Beijos.

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